17/11/2022
Campus Anápolis

O trabalho intitulado “Mobilização precoce em unidade de terapia intensiva na América Latina: uma pesquisa baseada na prática clínica”, de autoria do pesquisador doutor Rodolfo de Paula Vieira, que integra o quadro do Mestrado e Doutorado da UniEVANGÉLICA nas áreas de Movimento Humano e Reabilitação e Ciências Farmacêuticas, foi publicado na renomada revista Frontiers in Medicine.

"Agradecido a Deus por mais um artigo A1 aceito, agora na Frontiers in Medicine. Nesse trabalho demonstramos como está a implementação da mobilização precoce nas UTIs na América Latina, algo que iremos propor ao Hospital Evangélico Goiano, pois, além de ser benéfico ao paciente, reduz significativamente os custos com UTI para os hospitais.", declarou o pesquisador professor Rodolfo.

Resumo do trabalho

Fundamento: A aplicação da mobilização precoce (MP) em unidades de terapia intensiva (UTIs) tem demonstrado melhorar o estado físico e ventilatório de pacientes críticos, mesmo após internação na UTI. Este estudo teve como objetivo descrever as práticas de MP em UTIs na América Latina.

Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal, com profissionais de todos os países da América Latina. Ao longo de três meses, profissionais que atuam em unidades de UTI na América Latina foram convidados a responder a pesquisa, que foi elaborada por um comitê de especialistas e incorporou perguntas preliminares baseadas em estudos sobre recomendações de MP.

Resultados: 174 profissionais de saúde de 17 países completaram a pesquisa. As intervenções realizadas dentro de cada UTI foram mobilização ativa (90,5%), mobilização passiva (85,0%), técnicas manuais e instrumentais para drenagem de secreção mucosa (81,8%) e técnicas de posicionamento (81%). Os profissionais que mais participaram do processo de reabilitação em UTI foram fisioterapeutas (98,7%), médicos intensivistas (61,6%), enfermeiros (56,1%) e terapeutas respiratórios (43,8%). Em apenas 36,1% das UTIs foram estabelecidos protocolos para determinar quando um paciente deve iniciar a MP. Em 38,1% dos casos, o início da MP foi estabelecido por avaliação individual e em 25,0% dos casos foi a indicação médica para iniciar reabilitação e MP.

Conclusão: Este relato nos mostra que a MP de pacientes críticos é uma prática estabelecida em nossas UTIs como em outros países desenvolvidos.