O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença. É a dependência à droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, como cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo, narguilé e cigarro eletrônico. Depois de absorvida, a nicotina atinge o cérebro liberando substâncias químicas que levam a uma sensação de prazer.
A OMS também aponta que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano. Isso porque o tabagismo contribui para o desenvolvimento de vários tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e pulmão.
Além disso, o tabagismo pode estar associado a outras doenças, como: tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.
Para a professora do Curso de Psicologia da Universidade Evangélica de Goiás, Jéssica Araújo, o uso do cigarro pode causar também problemas psicológicos. "O cigarro pode ter uma série de consequências na vida de um indivíduo, que vai desde riscos para a saúde física, como doenças pulmonares e cardiovasculares, até uma correlação com sintomas psicológicos, como a ansiedade", explica.
Dia Nacional de Combate ao Fumo – Pensando em todos estes malefícios, criou-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo em 29 de agosto, que tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. A data foi instituída pela Lei nº 7.488/1.986.
Fumante passivo – Segundo a OMS, 1,2 milhão de pessoas que morrem todos os anos por causa do tabaco não são fumantes. Fazem parte do grupo chamado de fumantes passivos.
Quando o cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante. Dessa forma, quem convive com fumantes também está exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes na fumaça ambiental do tabaco. Ainda de acordo com OMS, a poluição tabagística ambiental é a maior fonte de poluição em ambientes fechados e o tabagismo passivo, a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
É fácil parar de fumar?
A professora Jéssica Araújo explica que a nicotina é altamente viciante, o que significa que não é fácil parar de fumar. Para ela, é preciso antes de tudo, entender a motivação que levou o indivíduo ao uso do cigarro e definir metas realistas. “Precisamos entender esse sujeito e aí pensarmos em estratégias para que ele consiga parar de fumar. Um exemplo é ir reduzindo o número de cigarros por dia ou estabelecer uma data para parar completamente. Outra coisa que precisa ser feita é identificar situações, afetos ou lugares que intensificam o desejo de fumar. É importante também encontrar alternativas saudáveis para substituir o ato de fumar e, por fim, esse indivíduo precisa de acompanhamento especializado que pode contribuir imensamente com o processo, como os programas de tabagismo, acompanhamento psicológico, entre outros”, explica.
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