10/08/2022
Campus Anápolis

O jornal O Popular publicou recentemente a matéria 'Rejeitos minerais viram insumos para novos produtos', uma iniciativa das empresas Lundin Mining, que opera uma mina a céu aberto de cobre e ouro em Alto Horizonte e da Anglo American, que produz ferroníquel em Barro Alto. Esta última foi alvo da pesquisa de doutorado do doutor José Mateus dos Santos, realizada na UniEVANGÉLICA.

No caso da Lundin Mining, os rejeitos de ouro e cobre são utilizados na remineralização do solo para a agricultura. Para isso, a empresa mantém parceria com a Universidade de Brasília, Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual Paulista e Embrapa, além do apoio técnico da Mineragro.

Ja no caso da Anglo American, a escória (rejeito) do ferroníquel é utilizada nas obras de ampliação das rodovias BR-153/GO/TO, BR-414/GO e BR-080/GO, iniciativa em andamento por meio de parceria com a Ecovias do Araguaia. Esse projeto é realizado ainda em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo. Os resultados alcançados foram alvo de parte dos estudos da tese de doutorado do professor José Mateus dos Santos, que é diretor da Faculdade Evangélica de Goianésia.

Com o tema “a escória da mineração e o setor sucroenergético. Um estudo sobre a racionalidade sustentável em Goiás”, a pesquisa se tornou o primeiro trabalho de doutorado concluído na instituição. Trata-se de um importante projeto que envolve o levantamento sobre a racionalidade sustentável, ou seja, um conceito desenvolvido a partir da relação das empresas do setor de mineração com a escória desta mineração para finalidades agrícolas.

O trabalho do professor José Mateus, que envolveu duas empresas, a Jalles Machado, de Goianésia e Anglo American, de Barro Alto, ambas em Goiás, envolveu a realização de testes da escória, que nada mais é do que um passivo ambiental para a mineradora e que agora, com o estudo, se comprovou que existe uma viabilidade econômica para este rejeito de mineração.

Sobre José Mateus dos Santos

José Mateus dos Santos, que hoje é diretor Geral da Faculdade Evangélica de Goianésia -AEE, tem dirigido seus estudos e experiências para a área de Ciência Política, em ações educacionais, nas áreas de desenvolvimento de políticas públicas e ação comunitária, experiência em Processo Legislativo e processos de desenvolvimento sustentável.

Bacharel em Ciências Sociais pelas Faculdades Integradas da Associação Educativa Evangélica (2003), especialista em Gestão e Planejamento Estratégico – UniEVANGÉLICA (2008), e Mestre em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente, pela UniEVANGÉLICA (2008), Santos concluiu o ensino médio em 1985, recebendo o título de Técnico Assistente em Administração. Em 1988 concluiu, também, o curso Técnico em Agricultura pela Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde. Ainda em 2002 concluiu com aproveitamento, o Curso de Gestão Pública Municipal, ministrado pela Escola Brasileira de Administração pública da FGV.

Entre 2004 e outubro de 2008 assumiu o pleito de vice-prefeito do Município de Goianésia e, neste mesmo município, atuou como Vereador eleito exercendo o pleito entre 2000-2003, sendo presidente daquela Câmara de Vereadores do Município de Goianésia em período análogo. Dentre as funções públicas, foi Secretário Municipal de Administração do município de Goianésia entre 2001-2002, Presidente da Fundação Cultural de Goianésia (2005-2007) e, no campo educacional, atuou como professor do ensino médio, na disciplina de Biologia, Geografia e História, entre 1991 e 1995. 

Santos também coordenou o Curso Técnico em Agricultura – Projeto de Extensão da EAFCe em Goianésia (2007-2008) e atuou como docente adjunto na Universidade Estadual de Goiás (2005-2006) Professor da Faculdade Betel de Goianésia (2006-2007). É professor efetivo da UniEVANGÉLICA desde 2006, no Curso de Bacharelado em Ciências Sociais com a disciplina de Processo Legislativo I e II, em Anápolis, e das disciplinas de Ciências Políticas e Sociologia Geral, na mesma Instituição, em sua extensão em Ceres-GO.

Para ele, a sua tese de doutorado “Escória da mineração e o setor sucroenergético” garante um aspecto histórico do avanço da fronteira agrícola na região do Vale de São Patrício, destacando, ainda, como se deu todo o aspecto do empreendedorismo pelo lado público e privado no desenvolvimento socioeconômico dessa região. “Outro ponto desta tese, foi a criação de uma categoria teórica denominada racionalidade sustentável cujo objetivo é demonstrar que hoje nós estamos para além do simples conceito de desenvolvimento sustentável. Trata-se, sem dúvida alguma, doo aprimoramento daquilo que se disse em um primeiro momento sobre a racionalidade”, conclui.