O Março Lilás marca o Mês de Conscientização e Combate ao Câncer no Cólo do Útero. Para falar sobre o assunto, conversamos com a médica oncologista Milena Coelho, preceptora do Curso de Medicina da Universidade de Goiás e atuante no Hospital Evangélico Goiano.
"É a campanha dedicada para alertar sobre o câncer de colo do útero, o terceiro mais frequente nas mulheres, ficando atrás do câncer de mama e do câncer de cólon (intestino). Pela falta de prevenção, muitos casos são diagnosticados em fases avançadas da doença", explica Milena.
Fazer os exames preventivos é o melhor caminho para prevenir o câncer no colo do útero. De acordo com o Ministério da Saúde, toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos.
"A prevenção é feita através do exame Papanicolau, que faz o rastreamento e pode detectar lesões ainda pré malignas. A vacina contra o HPV é atualmente a estratégia mais assertiva no sentido de erradicar a prevalência do câncer de colo de útero", diz ainda a médica oncologista Milena Coelho.
Os principais sintomas do câncer no colo do útero são secreção vaginal, dor em baixo ventre, dor e/ou sangramento nas relações sexuais. "Toda mulher deve estar atenta a quaisquer sintomas e procurar seu ginecologista para avaliação detalhada. Quanto mais cedo se faz o diagnóstico, maiores são as chances de cura", conclui a profissional.
Cenário
O Câncer de Colo do Útero ocupa a sexta posição entre os tipos mais frequentes de câncer. Nas mulheres, é o terceiro mais incidente. O número estimado de casos novos do câncer do colo do útero para o Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 17.010 por ano, ou seja, um risco estimado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Em Goiás, estimam-se 660 novos casos. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde.
"Os números são extremamente preocupantes porque trata-se de uma doença com chance de prevenção e diagnóstico precoce. No entanto, o que vemos é a falta de conhecimento sobre essas medidas preventivas", declara ainda Milena Coelho, médica oncologista, preceptora do Curso de Medicina da UniEVANGÉLICA.
"O câncer de colo de útero ainda é muito prevalente, sendo na maioria das vezes diagnosticado em fases avançadas. Isso é inadmissível quando falamos sobre uma doença cujo diagnóstico precoce é simples e teoricamente de fácil acesso (Papanicolaou). A vacina contra o HPV é um divisor de águas em se tratando do câncer de colo de útero. Esperamos que essa estratégia diminua consideravelmente a incidência deste câncer na população feminina", conclui Milena.
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