27/09/2025
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A Univerrsidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA) lança, neste sábado, 27, a campanha #JuntosPelaVida, que abre as ações com a publicação de um onepage com informações e esclarecimentos sobre a doação de órgãos e uma live. Ao longo de outubro, a mobilização seguirá com diversas iniciativas, entre elas a distribuição de material informativo dentro da universidade e em espaços públicos de Anápolis.

Com o slogan “Matemática da Vida”, a campanha da UniEVANGÉLICA pretende mostrar que cada doador pode multiplicar chances de sobrevivência. O lançamento inclui também a Jornada Jurídica do curso de Direito deste semestre com a temática "Direito e Saúde", destacará a importância do tema e dará voz a especialistas da área, para sanar as principais dúvidas.

O movimento faz parte da mobilização nacional pelo Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado em 27 de setembro, e busca estimular a reflexão sobre um gesto que pode salvar vidas. De acordo com os dados atualizados do Ministério da Saúde, mais de 80 mil pessoas aguardam atualmente por um transplante no país, que possui o maior sistema público de transplantes do mundo, administrado pelo SUS. Apesar dos avanços, a quantidade de doadores ainda é insuficiente, e milhares de pacientes não resistem à espera por um órgão compatível.

Uma única pessoa pode beneficiar vários receptores, mas o processo depende da autorização da família. Mesmo quando há registro da vontade de ser doador no Sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), o consentimento familiar é obrigatório. Hoje, cerca de 40% das famílias se recusam a autorizar a retirada dos órgãos — muitas vezes por falta de informação ou desconhecimento da vontade do ente querido. Por isso, especialistas alertam para a importância de conversar em casa sobre o tema.

Em Goiás, o desafio é ainda maior: o Estado registra um índice menor do que a média nacional de doação do país. Embora conte com a Base Aérea de Anápolis, que mantém aeronaves prontas para transportar órgãos entre estados em poucas horas, a baixa adesão local compromete o atendimento da demanda, justamente pela negativa da família.

Nesse contexto, campanhas de conscientização são essenciais. A chamada Lei Tatiane (Lei nº 14.722/2023), sancionada recentemente, trouxe mais segurança e clareza ao processo de doação, mas também reforça a necessidade de ampliar o diálogo com a sociedade.

Neste Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos, a universidade convida sua comunidade acadêmica e toda a população a abraçarem a causa. Doar é multiplicar vidas — e a conversa com a família é o primeiro passo para transformar essa decisão em realidade.