16/07/2025
Campus Anápolis

Encerrando o semestre letivo, estudantes do curso de Medicina da UniEVANGÉLICA protagonizaram ações de extensão que evidenciam o compromisso social da instituição com uma formação ética, humanizada e conectada à realidade da comunidade. Entre os projetos desenvolvidos, o Projeto Bethânia – Medicina em Ação pela Dignidade e Inclusão se destaca como exemplo de empatia, cuidado e responsabilidade social.

Desde o início de 2024, acadêmicos de Medicina da UniEVANGÉLICA realizam visitas semanais à Casa Bethânia, instituição anapolina que acolhe pessoas soropositivas em situação de vulnerabilidade social. Criada em 2002 pelas Irmãs Franciscanas, a casa surgiu como uma resposta humanizada ao estigma enfrentado por pessoas vivendo com HIV, muitas das quais foram abandonadas pelas famílias.

O projeto, que reúne atualmente 24 voluntários, promove oficinas educativas e recreativas com foco em saúde, bem-estar e autoestima. As ações abordam temas como higiene pessoal, fisiologia do coração, hipertensão, glaucoma, postura corporal e envelhecimento, sempre adaptadas ao perfil dos acolhidos. Também fazem parte da programação atividades culturais e lúdicas, como sessões de cinema, jogos e passeios ao parque.

Segundo Jordana Franciele Vieira, a participação em iniciativas como essa trazem benefícios para a comunidade e para os estudantes. Ela entende como uma oportunidade de aprendizado acadêmico e pessoal. “O contato com as pessoas atendidas me fez perceber que o escutar, o olhar nos olhos, o estar presente também é uma forma de cuidado”, afirma Jordana.

Com uma proposta interdisciplinar, o Projeto Bethânia também envolve estudantes de Fisioterapia e Educação Física, promovendo o diálogo entre saberes e práticas da área da saúde. Para manter as ações, os próprios acadêmicos organizam eventos solidários — como rifas e “sorvetadas” —, desenvolvendo competências de liderança, gestão e comunicação.

Além do Bethânia, outras iniciativas integraram a agenda extensionista do semestre. No Projeto Hanseníase em pauta, estudantes do 5º período realizaram visitas domiciliares e palestras educativas na UBS do bairro Pireneus, contribuindo para o enfrentamento do preconceito e para o cuidado integral. Já no Projeto NACRI, voltado para crianças e adolescentes do bairro Novo Paraíso, foram promovidas oficinas sobre primeiros socorros, higiene e alimentação saudável.

Para a professora Luciana Caetano Fernandes, “essas experiências, vivenciadas fora das salas de aula, reforçam o papel da extensão universitária na formação de médicos sensíveis às questões sociais, preparados para atuar com ética, empatia e responsabilidade”.