20/04/2023
Campus Anápolis

Foram três dias com uma programação rica e variada, que envolveu exposição fotográfica, rodas de conversa, jogos indígenas e comidas típicas. “A ideia é realmente repassar informação. Percebemos que a sociedade é ainda muito desinformada sobre os povos indígenas”, explica o Coordenador do Núcleo de Estudos sobre Culturas e Etnodesenvolvimento e Grupo de Pesquisa Diálogos Interculturais, Prof. Marcos Flávio Portela Veras.

Durante o encerramento, o destaque foi a Mesa Redonda com o tema: Saberes e sabores tradicionais indígenas. Participaram da Mesa Redonda os alunos indígenas: Cleo Macuxi, Rainan Baré, Chapu Matis, Mario Kamayura e Yahuri Waurá. Hoje a Universidade Evangélica de Goiás tem 11 acadêmicos cursando diversos cursos na instituição.

Mario Kamayura falou sobre o direito dos povos indígenas. “O primeiro direito pelo qual lutamos é para sermos reconhecidos como seres humanos. Éramos vistos como um povo sem lei, sem alma e selvagem. Por isso, pra mim é uma alegria poder falar que hoje temos direitos básicos, como a vida, a saúde e a terra”, explicou.

“Precisamos sempre lembrar que a diversidade não enfraquece nossa nação, pelo contrário, é uma riqueza. A educação é o caminho para a gente conseguir que no futuro tenham mais pessoas que respeitem a diversidade e que tenham mais tolerância”, completou o Prof. Marcos Flávio.

Os acadêmicos também falaram sobre diferença entre as etnias, cultura, educação, saúde e alimentação dos povos indígenas. Os sabores também ficaram em evidência durante o encerramento da Semana dos Povos Indígenas. Comidas típicas puderam ser degustadas por toda comunidade acadêmica.

“A semana dos povos indígenas é um instrumento de atuar por meio da educação no combate ao preconceito e a exclusão. Os indígenas são vítimas de preconceito e quando a gente mostra as comidas e a cultura, levamos a informação para as pessoas de como os indígenas vivem”, conclui o Prof. Marcos Flávio.