03/11/2023
Campus Anápolis

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todo o país. É também a segunda causa de óbito por câncer nesse público.

De acordo com o professor do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – Campus Anápolis, o Urologista Diego Antônio Calixto de Pina, a partir dos 50 anos o acompanhamento anual é imprescindível. “É importante a realização dos exames de rastreio para câncer de próstata para que a doença seja diagnosticado na fase inicial quando as chances de cura são maiores. Quando tratado adequadamente , a chance de cura pode ser maior que 95%”, explica.

O médico explica que o rastreio do câncer de próstata é baseado em dois exames: o exame de sangue, que dosa o PSA (Antígeno Prostático Específico), que vai estratificar o risco de câncer de próstata no indivíduo. Através do resultado do exame, o urologista consegue estratificar o risco da doença de acordo com os estudos que foram realizados.

“O exame de sangue é muito bom para fazer o rastreio, mas ele isoladamente, na maioria das vezes, é insuficiente para poder definir o diagnóstico e prosseguir a investigação. Em grande parte das vezes é necessário associar ao exame de sangue, o exame de toque retal para o urologista avaliar a presença de nódulos ou de alteração de consistência da próstata, que são os sinais que o câncer de próstata apresenta pelo exame físico”, diz o urologista.

O que acontece sem o diagnóstico precoce?

O médico explica que nas fases iniciais o câncer de próstata não dá sintoma. “Quando a doença já apresenta sintomas, é sinal de que ela está disseminada no organismo. Geralmente um paciente com sintomas, tem metástase. Então é um paciente que na sua maioria, não tem condições de cura. Grande parte dos pacientes que tem câncer de próstata desenvolve como primeiro sintoma fratura óssea porque o câncer já está implantado no esqueleto do indivíduo”, diz.

Dr. Diego também ressalta que o exame de toque retal é um exame simples, rápido e indolor. “Muitos homens ainda tem um tabu em relação ao exame de toque, que é um exame rápido e indolor e dá informações importantíssimas para se realizar o rastreio complementando com o exame do PSA. Então, é preciso quebrar esse tabu”, diz.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para câncer de próstata são a genética e a idade. Mas é importante tomar cuidado com o consumo excessivo de gordura saturada. A prevenção inclui atividade física e alimentação balanceada, além de uma dieta pobre em gorduras saturadas.

Cuidando da saúde como um todo

Além de consultar regularmente um urologista, o homem também pode contar com outros aliados para cuidar da saúde. O infectologista Marcelo Daher explica que algumas vacinas podem, inclusive, prevenir o câncer. “Temos a vacina contra o HPV, que protege contra o câncer de pênis e câncer de reto. E a vacina contra Hepatite B, que protege contra o câncer de fígado”.

Além dessas, existem outras vacinas que o infectologista ressalta que são muito importantes. “Podemos ficar protegidos contra várias doenças através das vacinas: febre amarela, herpes zoster, doenças pneumocócicas e meningite. Lembrando que a prevenção é muito melhor que o curar”, conclui.