13/11/2025
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A alimentação é uma ferramenta essencial no controle do diabetes. A afirmação é da professora Cyntia Melo Ribeiro Borges, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), e sintetiza o eixo central da conscientização proposta pelo Dia Mundial e Nacional do Diabetes, celebrado neste 14 de novembro. Ela destaca que escolhas alimentares adequadas são determinantes para manter a glicose estável, proteger a saúde cardiovascular e prevenir complicações associadas à doença. Com orientação nutricional adequada e acompanhamento profissional, é possível alcançar mais qualidade de vida”, reforça.

A data, criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca justamente o papel da alimentação como protagonista na prevenção e no manejo do diabetes. Embora a condição envolva diversos fatores — desde predisposição genética até hábitos de vida —, o que vai ao prato diariamente tem impacto direto no desenvolvimento e no controle da doença.

A Diabetes Mellitus é caracterizada pelo aumento da glicose no sangue devido à falta de insulina ou à dificuldade do organismo em utilizá-la corretamente. O tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos, está intimamente relacionado ao sedentarismo, ao excesso de peso e, principalmente, a padrões alimentares desequilibrados. Por isso, intervenções nutricionais são consideradas essenciais tanto para quem busca prevenir a doença quanto para aqueles que já convivem com ela.

As recomendações internacionais, como as da American Diabetes Association (ADA) e da European Association for the Study of Diabetes (EASD), reforçam que não existe uma dieta única: o plano alimentar deve ser individualizado e adaptado às características, preferências e metas de saúde de cada pessoa.

Entre as orientações mais comuns estão:
• Priorizar gorduras saudáveis — como azeite, abacate, castanhas e peixes — e reduzir o consumo de gorduras saturadas e carnes processadas;
• Evitar açúcares simples e produtos ultraprocessados, que favorecem oscilações na glicemia;
• Controlar a ingestão de sódio para prevenir complicações cardiovasculares;
• Fracionar refeições ao longo do dia, quando indicado, especialmente para pessoas que utilizam insulina;
• Garantir ingestão adequada de proteínas, com atenção particular a idosos e indivíduos em risco de perda de massa magra.

A educação alimentar contínua também é apontada como fundamental. Entender como diferentes alimentos impactam a glicemia fortalece o autocuidado e melhora a adesão ao tratamento, afirma a professora Cyntia Borges.

Doença silenciosa

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 500 milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo, e muitas desconhecem o diagnóstico. No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas convivem com a doença. Por ser, muitas vezes, silencioso, o diabetes exige atenção redobrada para sinais como sede excessiva, aumento da frequência urinária, fome constante, fadiga e visão embaçada.

O diagnóstico precoce é decisivo para evitar complicações e iniciar o tratamento adequado, que combina alimentação equilibrada, atividade física, acompanhamento multiprofissional e, quando necessário, uso de medicamentos.

Neste 14 de novembro, a UniEVANGÉLICA reforça que o cuidado começa no prato. Adotar hábitos alimentares saudáveis e buscar orientação especializada não apenas previnem o diabetes, como também ampliam a qualidade de vida de quem já convive com a doença.