30/11/2023
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No dia 1º de dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. O dia foi criado há mais de trinta anos, cinco anos após a descoberta do vírus causador da Aids, o HIV.

A iniciativa busca o combate ao preconceito e ao estigma em torno da doença. Mesmo depois de trinta anos, o tabu em torno do portador do vírus HIV ainda é grande. “As pessoas não têm dó de quem tem Aids. Acabam tendo raiva e discriminam”, explica o médico infectologista e professor do Curso de Medicina, Prof. Marcelo Daher.

O infectologista também explica que é preciso informar a população sobre os métodos de prevenção e de tratamento. “Nós temos métodos de prevenção que a gente chama de proteção combinada, que são métodos que usamos em conjunto: o uso do preservativo e o uso de medicamento no paciente negativo para prevenir que ele se infecte. Outra coisa é que a pessoa que está positiva e tem um relacionamento quando ela está indetectável, não transmite a doença ou o risco de transmissão é menor”, afirma.  

O tratamento para o paciente com Aids também permite que a pessoa tenha uma vida praticamente normal. “Para o paciente que é positivo, temos medicamentos altamente eficazes que proporcionam uma vida praticamente normal. A doença só é uma sentença de morte se a pessoa que quiser. Se ela não procura um tratamento, se ela deixa chegar ao extremo ou se ela abandona o tratamento”, explica o infectologista.

O médico Marcelo Daher afirma que a informação deve começar pelos acadêmicos, que são porta voz dessas orientações. “A gente precisa levar informações para a população e para o meio acadêmico, onde nós temos pessoas jovens, pessoas de maior risco de exposição continuada a esse vírus. Eles precisam saber das formas de prevenção, acreditar nessas formas e utilizá-las para depois repassar isso para a população. Seja na faculdade de medicina, enfermagem, farmácia, direito... ou seja, em todos os cursos é importante que as pessoas entendam qual é o seu risco, quais os modos de prevenção que elas podem usar e aí sim, passar para a população”.