Uma doença crônica, sem causa definida e que não tem cura – a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) classifica a asma como uma enfermidade comum das vias aéreas e dos brônquios, caracterizada pela inflamação desses canais, que são responsáveis por levar o ar para dentro dos pulmões. Estima-se que somente no Brasil, mais de 20 milhões sejam acometidos pela asma, que também já é uma das maiores causas de ausência no trabalho e nas escolas, afetando tanto crianças quanto adultos.
Dados como esses reforçam a necessidade de promover a conscientização de todos os cidadãos do mundo sobre a enfermidade respiratória, e principalmente quanto ao controle e formas de prevenção. Foi com esse propósito que a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Global Initiative for Asma (em tradução literal – Iniciativa Global para a Asma), estabeleceu a primeira terça-feira do mês de maio para celebrar o Dia Mundial de Combate à Asma.
Sintomas e tratamento
Não é conhecida a causa, de fato, da asma, mas sabe-se que um conjunto de fatores, como questões genéticas (histórico familiar) e ambientais (exposição à poeira, ácaros, fungos, animais de estimação) pode influenciar no quadro.
Alguns dos sintomas da doença podem ser: a falta de ar, sensação de aperto no peito, peito pesado, chiado no peito, tosse, dificuldade de respirar, entre outras. No entanto, é importante notar que eles são variáveis - podem ser alterados entre o dia e a noite e ao longo do tempo também. Podem aparecer sozinhos e sempre estarão presentes na vida das pessoas acometidas.
Isso porque a asma não tem cura, apenas tratamentos paliativos. No entanto, há esperança! Pesquisas científicas comprovam o impacto positivo da mudança de hábitos e tratamentos contínuos adequados – o asmático pode ter uma vida normal.
No Brasil, a asma é uma das três maiores causas de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio de ações como a compreensão da doença por parte dos portadores e a distribuição de medicamentos para pacientes com casos agravado têm causado uma queda no número de internações e mortes – que diminui em 49% em apenas uma década. Porém, o acesso ao tratamento adequado ainda é restrito.
Compromisso da Associação Educativa Evangélica (AEE)
Na Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da UniEVANGÉLICA, mantida pela AEE, uma série de ações têm sido desenvolvidas como objetivos que se alinham ao DNA da instituição. Professores e laboratórios desenvolvem pesquisas que geram uma produção científica qualificada, reconhecidas a nível internacional, e atuam diretamente na transformação de vida das pessoas da comunidade.
Em 2022, foi publicado um importante antigo científico internacional demonstrando que pela primeira vez no mundo as alterações imunológicas que levam ao agravamento da asma já estão presentes desde o início da asma. Nesse estudo, reconhecido por importantes organizações como a Sociedade Americana de Torques e a Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica, o professor demonstrou que a reabilitação pulmonar realizada por meio de exercícios aeróbicos e esteira ergométrica é muito benéfica, inclusive para pacientes com as formas mais leves de asma, o que ainda não havia sido demonstrado anteriormente.
“A UniEVANGÉLICA tem o interesse muito forte em participar desse processo de conscientização por que em nossa missão institucional, há 76 anos nasceu do desejo de criar no Brasil central uma instituição de excelência que estivesse envolvida na qualidade do ensino e ao mesmo tempo na melhoria de qualidade de vida das populações e uma missão de confessionalidade. Isso está dentro da sua própria identidade como instituição confessional de ensino, cujo DNA desde a origem e no processo de avanço existe o propósito de ser uma instituição transformadora”, frisou o Pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da UniEVANGÉLICA, Sandro Dutra.
Além de pesquisas, a UniEVANGÉLICA também possui uma ampla infraestrutura laboratorial, que auxilia não somente no tratamento e exames quanto à prática clínica para alunos de cursos da área de saúde. O professor Rodolfo de Paula Vieira, doutor em Patologia pela UNIFESP, especialista em resposta imunológica à asma coordena o Laboratório de Inflamação Pulmonar, onde é avaliado o grau e o tipo de inflamação pulmonar.
“Exames como óxido nítrico e ar condensado, realizados no Laboratório para avaliar com detalhes a inflamação pulmonar, além de serem utilizados para pesquisas, ainda não estão disponíveis no Brasil na rede pública e nem na rede privada. Por isso, a comunidade tem um grande benefício de ter uma informação extremamente detalhada que pode ser levada ao médico, e que vai ajudar até mesmo na tomada de decisão da terapia que vai ser adotada. Já para os alunos que fazem estágio, é uma oportunidade de aprender na teoria e na prática as técnicas extremamente avançadas para avaliação de inflamação pulmonar”, ressaltou o professor Rodolfo de Paula Vieira.
Essas iniciativas atuam em conjunto e atestam por meio da pesquisa científica a importância de um bom controle da doença, por meio do diagnóstico correto, acompanhamento com exames regulares da função pulmonar, uso correto de medicação e a participação contínua em um programa de reabilitação pulmonar. Mais do que isso, também atuam para promover as ações na prática ao portador da doença, por meio dos Laboratórios de Imunologia Pulmonar, Função Pulmonar e Reabilitação Pulmonar, reforçando o compromisso da AEE com a promoção de uma sociedade mais justa e sustentável.
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