13/10/2022
Campus Anápolis

A coordenadora do Curso de Relações Internacionais da UniEVANGÉLICA de Goiás - UniEVANGÉLICA, professora doutora Mariana Rezende Maranhão da Costa, concedeu entrevista ao Portal 6 sobre a imigração para a cidade de Anápolis. Conforme detalhou, os principais grupos de estrangeiros que escolhem a cidade para morar são formados por venezuelanos, haitianos e senegaleses.

Em busca de uma vida melhor, muitos buscam Anápolis para tentar uma vida melhor. “Os haitianos, logo após o terremoto ocorrido em 2010, vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida, por isso foram acolhidos como ajuda humanitária”, detalhou Mariana Maranhão.

Cidadãos venezuelanos também chegam ao município - muitos fogem das dificuldades para conseguir emprego naquele país e da pobreza: “Já os venezuelanos, especialmente depois de 2015, quando a crise econômica se agravou no país e as violações de Direitos Humanos se iniciaram, buscaram refúgio no Brasil na tentativa de sobrevivência. Já os senegaleses são uma imigração econômica, em busca de trabalho e melhores condições de vida”.

O Portal 6, um dos principais veículos de comunicação do Estado de Goiás, trouxe detalhes sobre números da imigração no Brasil, "O relatório de 2021 do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) apontou que, ao final da década de 2010, período que engloba entre 2011 a 2020, estima-se que o Brasil tenha oferecido abrigo para cerca de 1,3 milhões de imigrantes, vindos dos mais variados países", diz o texto da publicação.

O relatório do OBMigra destaca ainda que os venezuelanos representam a principal nacionalidade amparada pelo país, seguidos dos haitianos. Em Anápolis, conforme detalha ainda a coordenadora do Curso de Relações Internacionais, professora Mariana Maranhão, o sonho de uma vida melhor esbarra em dificuldades de integrar-se à sociedade, cultura, idioma e rotina locais.

“As principais dificuldades estão na questão da linguagem, pois não falam português, além dos hábitos alimentares, especialmente se observarmos que muitos dos venezuelanos que estão em Anápolis são Indígenas, da etnia warao. Alguns também tem dificuldade na empregabilidade formal”, aponta ainda Maranhão.