O Curso de Relações Internacionais da Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA está em sintonia com as principais notícias do Brasil e do mundo, assim como a relação entre países. Nesse sentido, a professora e coordenadora Mariana Maranhão bateu um papo na Rádio 96 FM sobre o tema, durante o programa Foco, que discute diversas atualidades.
Em pauta, a decisão da Argentina de não aderir aos Brics, grupo formado por países emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. "É importante nós entendermos um pouquinho antes o contexto. Porque o BRICS é esse grupo econômico formado inicialmente pelo Brasil, Russia, India, China e África do Sul. Esse grupo ia ser reformulado e aderir novos membros, por isso que seria chamado de BRICS Mais. E entre esses membros que entrariam no grupo agora em primeiro de janeiro, estava justamente a Argentina. Só que é importante a gente sabe que essa decisão tinha sido acordada em agosto de 2023, ou seja, antes da eleição da Argentina, quando ainda era governado pelo presidente Fernandes", explica Mariana.
"Só que o novo presidente, o Ravier Milei, ele considera que não é interessante para a Argentina adentrar ao grupo do Brics. Então, diante dessa nova decisão desse novo cenário econômico, porque nós estamos falando de uma nova política externa à Argentina, que é um governo um tanto quanto diferente do anterior, ele considerou que não é interessante aderir ao BRICS. Muitas pessoas ficaram surpresas, mas eu confesso que não, porque desde a época da eleição, o Ravier Milei já estava falando que não tinha interesses de entrar no BRICS, que a política externa que a Argentina pretende implantar nesse governo dele seria uma política externa mais alinhada com os Estados Unidos, com Israel, e tanto é que ele já também proferiu uma manifestação de que ele não quer aderir o BRICS", destacou ainda Mariana Maranhão, coordenadora do Curso de Relações Internacionais.
Ela explicou também que o atual presidente da Argentina possui uma preferência por aderir o país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). "A gente chamaria (a OCDE) de o famoso clube de boas práticas econômicas e a Argentina quer correr atrás dessa indicação, dessa candidatura e pretende aderir. Isso mostra muito uma mudança da política externa da Argentina e alguns impactos de não alinhamento. Mas é interessante fazer várias análises de antes desse contexto. A gente já sabia que ele estava vindo com um novo cenário, então ele não quer aderir alguma coisa que tinha sido decidido pelo então presidente anterior, o presidente Fernandes", evidencia Maranhão.
Conforme sua avaliação, o Brasil deverá sofrer impactos com essa decisão, em especial pelo relacionamento entre os dois países, devido ao Mercosul. "Mas é importante a gente destacar que para o Brasil esse impacto não vai ser tanto, porque o Brasil e a Argentina já têm outros acordos econômicos. Então é importante a gente entender isso tudo, mas nesse contexto do BRICS, a gente vê um alinhamento tanto quanto preocupante, principalmente quando a gente pensa em cenário que ainda temos a guerra da Ucrânia, que ainda estamos passando por conflitos na região do Oriente Médio, em virtude de Israel e o Ramás", adiciona ainda Mariana Maranhão.
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