21.11.2016
O Dia da Consciência Negra é celebrado em todo o país no dia 20 de novembro. Na UniEVANGÉLICA, atividades foram propostas, envolvendo a comunidade acadêmica, para lembrar esta data já consagrada no calendário nacional. Nos dias 19 e 20 de outubro de 2016 foi realizado o Seminário ‘Multiculturalismo e Religião: O Negro e a Religião no Brasil’, com o palestrante Marco Davi de Oliveira, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo/UMESP.
O palestrante é pastor da Igreja Batista em Parque Dorotéia/SP, um dos coordenadores do Movimento Negro Evangélico e fundador da Aliança de Negras e Negros do Brasil/ANNEB. Também foi idealizador e coordenador do Programa Discipulado, Justiça e Reconciliação. Palestrante e escritor, é autor dos livros A Religião Mais Negra do Brasil (Ultimato, 2015) e A Bíblia e as Cotas: Reflexões Pastorais Sobre Políticas de Ações Afirmativas (Publicações Reflexus, 2016).
No dia 19 (quarta-feira), a programação foi realizada em dois horários, às 08h30 e às 19h30min, no Auditório do bloco E, com a participação de 280 professores dos cursos de Odontologia, Arquitetura, Direito, Ciências Contábeis, Enfermagem, Engenharias Civil e Mecânica e psicologia.
No período noturno, o Pró-reitor Acadêmico, Prof. Me. Marcelo Mello Barbosa, entregou ao Assessor de Atendimento ao Discente da PROACAD, Prof. Me. Roberto Alves, e à comunidade acadêmica um protocolo de intenção assinado pelo Magnifico Reitor, Prof. Carlos Mendes, para a criação do Grupo de Discussão (GD) Permanente sobre o Negro na UniEVANGÉLICA. O GD ficará responsável por discutir políticas e programas para a igualdade racial a serem desenvolvidas pela Assessoria de Atendimento ao Discente/UniATENDER.
No dia 19/10, o Prof. Me. Roberto Alves, o Pr. Rocindes Correia, Coordenador de Projetos Humanitários, o Pr. Tiago Luiz Candenguês, líder dos discentes Africanos de Guiné Bissau e o Pr. Marco Davi e reuniram com discentes da UniEVANGÉLICA africanos de Guiné Bissau, Angola, Moçambique, momento em que foi lançada a ideia de criação de Liga Africana na UniEVANGÉLICA.
Ainda no dia 21, Davi proferiu palestra na Igreja Batista Central de Anápolis/IBCA para seminaristas, professores e pastores, quando foi assinada a lista de interessados em criar o Movimento Negro Evangélico de Goiás.
História das Políticas para a Igualdade Racial da UniEVANGÉLICA
Em 2004, quando as Faculdades Integradas da Associação Educativa Evangélica (AEE), se tornaram Centro Universitário de Anápolis, foi criado o Núcleo de Apoio ao Discente/UniATENDER e com ele o Programa de Atenção ao Negro, coordenado pelo Prof. Roberto Alves.
Em 2009, a Política para a Igualdade Racial do Brasil, com enfoque no negro, foi estabelecida pelo Governo Federal por meio da 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, promovida pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), em junho de 2009. Ou seja, a UniEVANGÉLICA, em 2004, se antecipou ao Governo Federal em suas políticas afirmativas.
Várias ações foram realizadas por esse programa nesse sentindo a partir de então:
O Prof. Roberto Alves avalia como positiva as ações da UniEVANGÉLICA e sempre propositivas e com contribuições significativas, principalmente porque oportunizam uma educação inclusiva de todas as populações excluídas, especialmente negros e indígenas e pessoas de baixa renda em geral.
Programas como a Bolsa Filantrópica e convênios com Programas Governamentais, como bolsa da Organização das Voluntárias de Goiás/OVG, Programa Universidade para Todos/PROUNI, Financiamento Estudantil/FIES.
Alves reconhece que, apesar de todos sermos iguais enquanto seres humanos, na questão de cidadania e acesso a oportunidades no mercado de trabalho, em relação a estudos, bens culturais e outros produtos e serviços públicos e privados a diferença ainda é considerável. Ele afirma que, para bem observar este quadro, basta analisar com honestidade os dados de transparências publicados por órgãos públicos e privados e impressa em geral.
Roberto Alves, como negro e com uma história de superação, inclusive publicada em seu livro autobiográfico, intitulado Raça e Graça, diz sentir-se em casa na UniEVAANGÉLICA, onde se sente incluído, ocupando posição de destaque e de confiança pela instituição, onde atua há 17 anos, como ator e objeto de inclusão. Ele conclui com a frase: ”Salve Zumbi dos Palmares”.
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