18/05/2016
Campus Anápolis

Entrevista - Filipe Nobre é promessa da UniEVANGÉLICA na natação

18.05.2016

Na última seletiva para os Jogos Olímpicos 2016, o nadador Filipe Nobre Xavier Nunes, acadêmico de Educação Física da UniEVANGÉLICA, ficou a centésimos de segundos do índice para representar a instituição no Rio de Janeiro. Determinado, ele não pensa em desistir do sonho.

Qual é o seu nome completo?

Filipe Nobre Xavier Nunes

Que modalidades de natação você pratica?

Meu nado principal é 100 e 50 metros borboleta. São minhas principais provas, mas eu nado outras provas também, campeonatos estaduais, Centro-Oeste. Mas em campeonatos brasileiros minhas principais provas são os 50 e os 100 metros borboleta.

Seu início na natação foi quando?

Aos cinco anos de idade, comecei no (Clube) Ipiranga. Depois, fui para o Atlanta, que era uma academia. Depois vim para a Evangélica. Nadei na UniEVANGÉLICA até 2007. A temporada 2008 até 2011 nadei pelo Corinthians. Em 2012, pelo Flamengo. E 2013 e 2014 pelo Esporte Clube Pinheiros.

Na UniEVANGÉLICA, você treina desde quando?

Eu comecei a nadar aqui na Faculdade desde que inaugurou o Parque Aquático – se eu não me engano, foi em 2000 ou 2001. E nadei até o final de 2007.

Que títulos você já conquistou?

Eu conquistei campeonatos brasileiros, (sou) vice-campeão também brasileiro, recordista carioca e paulista nos 50 metros borboleta, campeonatos goianos, Centro-Oeste. Borboleta é a principal prova. Em 2015, minha melhor colocação foi um terceiro lugar no Campeonato Brasileiro nos 100 metros borboleta.

Você estuda aqui?

Estudo. Eu vou concluir agora. Vou concluir o bacharelado em Educação Física.

Qual é a sua principal meta hoje na natação?

Minha principal meta neste ano eram as Olimpíadas. Agora, até o final do ano, eu vou treinar para os outros brasileiros que vão ocorrer. Futuramente, no ano que vem, eu vou começar o novo Ciclo Olímpico.

Como foi esse processo de tentativas de ir para as Olimpíadas?

Eu comecei o ciclo Olímpico no Esporte Clube Pinheiros, nadei os dois primeiros anos do ciclo Olímpico em São Paulo. Alguns fatores externos me levaram a voltar para Goiás, que são o psicológico, pois eu não estava me sentindo bem lá. Eu fiquei muito tempo fora e esse tempo que eu fiquei fora me levou a tomar uma nova decisão. Não quer dizer que porque eu estou no Estado de Goiás que eu não tenho estrutura para treinar. As mesmas condições que eu tinha lá eu estou tendo aqui na faculdade. Eu voltei para Goiás, este um ano e meio que passou. Eu voltei a treinar em Goiás com o Denis Diniz, que foi o meu primeiro técnico, nós sempre tivemos um contato próximo. Desde os sete anos que eu fiquei fora do estado, nós sempre tivemos uma boa relação. E nós continuamos dando andamento aos treinamentos, mas infelizmente eu não consegui classificar (para as Olimpíadas). Mas superou nossas expectativas.

Quantos anos você tem?

Estou com 27 anos.

Você ficou muito próximo de ir para as Olimpíadas? Quanto?

Eu fiquei a menos de um segundo do meu melhor tempo, 70 centésimos. Meu melhor é 53 segundos e o índice para as Olimpíadas era 52,30 segundos. Não basta você apenas fazer o índice, você precisa estar entre os dois melhores do país em cada prova. No último Campeonato Brasileiro, eu fui finalista. Eu fiquei entre os oito melhores. Mas no último brasileiro seletivo para as Olimpíadas, ninguém conseguiu fazer o índice. Foi utilizado, então, o índice do Brasileiro do ano passado.

Hoje, quem te apoia e te patrocina?

Eu tenho o apoio da FARMATEC Suplementos (farmácia de Anápolis), tenho o apoio da Faculdade (de Educação Física), que me ajuda com a estrutura da piscina, musculação e com os meus estudos. E meus pais e algumas bolsas do Governo do Estado de Goiás e da cidade (Anápolis).

O seu rendimento escolar fica prejudicado?

Fácil não é. A gente tem que se virar com as cartas que nós temos na manga. Sobrecarrega, porque, querendo ou não, no tempo que eu teria para descansar, eu estou estudando. Na vida temos sacrifícios. Na época em que eu fiquei em São Paulo, em que eu me formei, eu nadava e estudava. Mas, querendo ou não, prejudica um pouco porque eu durmo muito tarde. Costumo sair da faculdade 15 para as 11 (22h45), mas vou dormir por volta de 23h30. Levanto todo dia cedo.

Vai participar de que campeonatos?

No último final de semana, houve o Torneio UniEVANGÉLICA. Em todas as provas que eu nadei, eu ganhei. Foram 100 e 50 metros borboleta, 100 e 50 metros livres e os revezamentos. A próxima competição nossa é o torneio Centro-Oeste, que será em Campo Grande, no mês que vem; e Campeonato Goiano, logo em seguida, depois do Centro-Oeste.