19/05/2023
Campus Anápolis

No próximo dia 22 de maio, Dia do Abraço, a partir das 14h, os alunos da Universidade Aberta da Pessoa Idosa promovem uma ação que visa promover um encontro de gerações. Eles irão sair pelo campus ofertando flores para os acadêmicos da instituição.

A ideia é que ao receber as flores, os alunos retribuam com um abraço. “Além de promover um encontro entre as gerações, a proposta é aumentar também as conexões dos idosos, promovendo assim a autoestima e a socialização”, explica a Profa. Viviane Lemos Fernandes, Coordenadora da UniAPI.

Projeto

Criada em 2015, A Universidade Aberta da Pessoa Idosa é uma iniciativa da Universidade Evangélica de Goiás, através da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária. O programa é voltado para pessoas com mais de sessenta anos e tem o objetivo de proporcionar a pessoa idosa um espaço de convivência e também de aprendizado.

O programa oferece aulas de musculação, hidroginástica e diversas oficinas, entre elas:

  • Reabilitação Cognitiva;
  • Alimentação e Longevidade;
  • Cuidados básicos em primeiros socorros;
  • Oficina de alfabetização;
  • Sexualidade;
  • Educação Ambiental;
  • Ressignificando o idoso no voluntariado; e
  • Passos seguros.

 

“A UniAPI traz um renovo para estes idosos. Isto aqui pra eles é um propósito porque eles vêm, fazem amizades, se reúnem, lancham juntos e trocam experiências”, afirma a Profa. Viviane.

Os idosos gostam tanto que muitos estão aqui desde que foi inaugurado, em 2015. Hoje, a UniAPI tem cerca de 180 alunos, que se revezam entre os momentos de confraternização, esportes e oficinas. “Quando eles chegam aqui, a maioria não quer deixar. O que acaba gerando um problema de falta de vaga”, acrescenta a Profa. Viviane.

“O principal benefício para estes alunos é a convivência, o relacionamento. Quando você vai conversar com eles, eles relatam que o projeto trouxe vida para eles. Muitos estavam em casa isolados, aposentados. Aqui eu tenho a dona de casa, mas tenho também a professora aposentada que trabalhou a vida inteira fora. E depois os filhos saíram de casa, mudaram de cidade e elas ficaram sozinhas em casa, sentindo falta de convivência. Encontraram aqui este espaço”, explica Viviane.

Depoimentos

Neide Oliveira da Silva, 75 anos, frequenta o projeto desde 2018. Diz que já aprendeu muitas coisas com as oficinas e chegou a testar na prática o aprendizado da Oficina de Primeiros Socorros. “Meu filho tem problema de coração e ficou com falta de ar. Eu consegui massagear ele com as técnicas que aprendi no curso até a ambulância chegar. Ele voltou ao normal depois da massagem e o médico me deu até os parabéns”, conta.

Aos 74 anos, Roseni Luzia Pereira, disse que a UniAPI pra ela é como uma família. “Eu estou aqui desde 2015. Fiz muita amizade e aqui eu me sinto feliz e acolhida. Se não fosse isso aqui, eu estaria triste em casa”, diz.

Quem observa a aluna Lizete Pego da Silva, 75 anos, não imagina que ela já chegou a ter vários problemas de saúde por ficar muito tempo parada. Ela faz exercícios na esteira, nos aparelhos e não perde a disposição. Além disso, também participa de corridas de rua.

“Quando eu aposentei, eu fiquei parada um tempo. Comecei a sentir dor na perna e no joelho de ficar muito tempo parada. Quando vi, nem conseguia andar mais. O médico recomendou uma cirurgia, mas eu não quis fazer. Ele me disse então pra fazer exercício físico e cuidar da alimentação. Aí foi isso que eu fiz e hoje não sinto nada no joelho, não sinto nada no ombro, não sinto cansaço físico e me sinto muito disposta”, conta.