Criada em 2007, o Mês de Conscientização sobre o Autismo tem como objetivo trazer informações para reduzir a discriminação e o preconceito.
Pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter déficit na comunicação e na interação social. Além disso, apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.
As causas do TEA ainda não são totalmente conhecidas e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula os distúrbios apresentados como um espectro porque eles se apresentam em diferentes níveis de intensidade, podendo ir do Grau 1 de suporte (leve) ao Grau 3 (severo).
O diagnóstico é importante para que a criança autista comece cedo um tratamento adequado, que pode incluir uma equipe multidisciplinar. “O TEA apresenta um amplo espectro de manifestações e gravidades, o que significa que cada indivíduo com autismo é único”, explica o Terapeuta Comportamental e Professor do Curso de Psicologia da Universidade Evangélica de Goiás, Prof. Dr. Artur Vandré Pitanga.
A Terapia Comportamental Aplicada (ABA) é uma terapia baseada em evidências que é utilizada em diversos casos de autismo. “O objetivo é melhorar habilidades sociais, de comunicação e de aprendizado, além de reduzir comportamentos problemáticos. Isso é alcançado através de reforço positivo, ensinando habilidades em pequenos passos, generalizando habilidades para diferentes ambientes e monitorando o progresso regularmente”, explica o Prof. Artur.
O Prof. Artur Vandré Pitanga afirma que é possível ensinar novos comportamentos e habilidades em todos os níveis do espectro. O que vai variar são as estratégias. “Mesmo indivíduos com autismo severo podem aprender e se desenvolver com intervenções adequadas, embora possam precisar de abordagens mais intensivas e suporte contínuo”.
Mas para ter eficácia, vários fatores devem ser analisados. “A eficácia da ABA dependerá de vários fatores, incluindo a intensidade da terapia, o envolvimento da família, a individualização do programa, as habilidades e conhecimento teórico/técnico do terapeuta e a adaptação às necessidades da criança ao longo do processo de terapia”, conclui.
O assunto foi destaque na última semana, em entrevista ao vivo na Rádio Imprensa.
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