11/11/2015
Campus Anápolis

Integrante da Operação Lava Jato fala sobre corrupção

11.11.2015

O salão nobre Richard Senn ficou lotado. Autoridades locais, diretores, coordenadores, professores e alunos da UniEVANGÉLICA e Colégio Couto Magalhães prestigiaram o evento, que teve como convidado o Procurador da República e um dos coordenadores da força tarefa da Operação Lava Jato, Dr. Deltan Dallagnol.

O evento foi organizado pelo curso de Direito, por meio do seu coordenador, Prof. Dr. Marcelo Henrique dos Santos. Entre as autoridades presentes, o Tesoureiro da Associação Educativa Evangélica, Francisco Alencar, o Magnífico Reitor do Centro Universitário – UniEVANGÉLICA, Dr. Carlos Hassel Mendes, o Pró-Reitor Acadêmico, Prof. Marcelo Mello, a Procuradora de Justiça, Sandra Garbelini e o Pastor Rogério Nunes de Sousa.

Durante a palestra: ‘10 Medidas Contra a Corrupção’, Dr. Deltan Dallagnol apresentou dados alarmantes sobre a corrupção no Brasil. “A corrupção sangra o nosso país. Ela rouba o remédio, a comida, o estudo do brasileiro”, disse o Procurador da República.

Segundo ele, 10% de tudo que é arrecadado no país são desviados pela corrupção. Só no caso da Petrobrás, foram R$ 6,2 bilhões em propina. R$ 1,7 bilhões voltaram aos cofres públicos. A ONU divulgou uma pesquisa que comprova que por ano o povo brasileiro perde para a corrupção cerca de R$ 200 bilhões. “Dinheiro que daria para construir 10 escolas por ano em cada município brasileiro ou poderíamos ter uma sociedade cinco vezes mais segura, se investíssemos em segurança”, explica Dr. Deltan Dallagnol.

No ranking que mede a honestidade do país, o Brasil está em 69º lugar. “Cerca de 10 milhões de brasileiros não tem dinheiro para comprar comida. Hoje, o nosso maior inimigo é a corrupção”, diz.

Operação Lava Jato – Depois de apresentar os dados da corrupção, Dr. Deltan Dallagnol fez um questionamento aos presentes. “Vocês acham que as coisas vão mudar depois da Operação Lava Jato?”. A maioria respondeu que sim. Mas o Procurador da República discorda, alegando que o sistema propicia a impunidade.

“A corrupção e a impunidade estão intimamente vinculadas. O corrupto pesa os prós e os contras antes de desviar dinheiro. E no Brasil, a balança da punição está praticamente vazia”, explicou.

“Para combater a corrupção é preciso primeiro descobrir, depois provar, lutar contra a demora para o crime não prescrever e depois, se chegar a ser executada a sentença, a pena é quase uma piada”, diz.

A esperança, segundo ele, está na união da sociedade. Por isso, a palestra fala sobre as 10 medidas que podem combater a corrupção. A primeira coisa é a prevenção: investir em campanhas e marketing contra a corrupção. Entre as medidas contra a corrupção estão: criminalizar o enriquecimento ilícito e transformar a corrupção em crime hediondo, tentar agilizar os processos e ter meios que favoreça a recuperação do dinheiro desviado. 

Para encerrar, Dr. Deltan Dallagnol afirmou que “existem causas que valem a pena lutar, independente do resultado”.

Apoio

Ao final do evento, o reitor do Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA, Carlos Hassel Mendes, assinou uma 'Carta de apoio contra a corrupção', em nome da instituição.

Direito Direito
Direito Direito