04/05/2012
Campus Anápolis

Artigo – 4.5.2012

Empreendedorismo: oportunidades, ação e inovação

Profª Ms. Juliana Luiza Moreira Del Fiaco

Uma das características do empreendedor é não ter medo de riscos

Empreender é fazer algo diferente para a sobrevivência. Isto quer dizer que se pode fazer algo novo criando uma empresa ou inventando alguma coisa diferenciada/inovadora na empresa onde se trabalha. Segundo Bernardi (2007) empreendedorismo significa montar um negócio, comprar uma empresa já formada, constituir uma sociedade para criar um novo empreendimento, ter sociedade num empreendimento que esteja em funcionamento, abrir uma franquia. Mas também ser proativo para criar soluções e resolver problemas na empresa que já se trabalha, de outra pessoa que por sua vez está empreendendo.

Ser empreendedor ou estar empreendedor? Esta pergunta é o início de uma reflexão para aquilo que se deseja. Depois é necessário analisar também as seguintes questões: Criar meu próprio negócio ou ser dinâmico, inventivo e agir na instituição que trabalho? Tenho perfil para empreender? Conheço os caminhos para o empreendedorismo? Sei das responsabilidades que um empreendedor deve ter? Tenho preparação para o empreendedorismo? Tenho consciência dos custos e benefícios do empreendedorismo?

Para Drucker (2000), o sujeito empreendedor tem como perfil as seguintes características: gostar de ser patrão de si mesmo; ser dinâmico; estudar; observador; gostar de novidades; participar de entidades classistas; líder; gostar de gente; ser inventivo; praticar as funções básicas da administração (planejar, organizar, liderar, controlar, avaliar); buscar parcerias (financeiras, consultorias), não ter medo de riscos.

Dornelas (2001) aponta que geralmente tornam-se empreendedores pessoas que são herdeiras dos negócios dos pais; empregados que cansados de serem empregados optam por se tornar patrões; funcionários públicos desmotivados com seus cargos que criam seus negócios próprios e pedem exoneração de seus cargos.

Bernardi (2007) salienta que acredita em empreendedores natos; excelentes técnicos que acabam prestando ótimos serviços e daí nascem seus negócios; vendedores que se tornam ótimos comerciantes; empresas que surgem por parte de desempregados que não desejam mais em suas vidas a condição de não ter empregos; o desenvolvimento paralelo de um negócio ao lado do emprego registrado até que a empresa tenha caixa suficiente para se pedir demissão e aposentados que com a segurança da aposentadoria resolvem enfim ter seu negócio que de sonho se torna uma realidade.

Acredita-se que estudantes de administração de empresas, engenharia civil e mecânica, odontologia, fisioterapia, farmácia, direito, agronomia, medicina, dentre outros cursos tem mais probabilidade de se tornarem empreendedores, talvez pelo incentivo de disciplinas que dão base para a análise e criação de produtos ou prestação de serviços, partindo-se da elaboração de planos de negócios.

A vontade de ter um negócio e ideias sobre que tipo de empreendimento abrir pode aparecer da participação em seminários, palestras, cursos, reuniões de Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações Comerciais, visitas em sites de franquias e idéias sobre produtos ou serviços que já existam ou não existindo podem ser criados por meio de pesquisas acadêmicas.

Não tendo condições financeiras para bancar um projeto, atualmente as IES (Instituições de Ensino Superior), como no caso da UniEVANGÉLICA, dispõem de Incubadora de Empresas que proporciona apoio não só para o desenvolvimento da ideia, bem como dos primeiros passos para abertura de um negócio próprio.

Além disso, fundações de amparo às pesquisas proporcionam por meio de editais a oportunidade de financiamento de pesquisas em academias científicas ou mesmo em micro ou pequenas empresas.

Ficar parado só pensando não é atitude de quem deseja empreender e ter sua empresa. Começar a agir é de início um bom negócio.


Juliana Luiza Moreira Del Fiaco é coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UniEVANGÉLICA/PROPPE e docente do curso de Administração


Referências Bibliográficas:

BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de Empreendedorismo e Gestão. Fundamentos, Estratégias e Dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2007.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo - transformando idéias em negócios. São Paulo: Campus, 2001.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor: entrepreneurship. - prática e princípios. 6.ed. São Paulo: Pioneira, 2000.